sexta-feira, 26 de setembro de 2008

TRABALHO INFANTIL


Verifica-se que o combate ao trabalho infantil é um dos pontos centrais em qualquer estratégia que tenha por objetivo a melhora dos indicativos sociais e redução da pobreza. A criança que trabalha quase sempre o faz em detrimento da escola, o que gera um adulto com baixa qualificação e que encontrará maiores dificuldades para competir no mercado de trabalho. Com isso, o indivíduo adulto vê escassas suas chances de ascensão social, passa a viver sob a sombra do desemprego e, muitas vezes, termina por introduzir seus próprios filhos precocemente no trabalho com a finalidade de ajudar a garantir o sustento da família. Os fatores determinantes do trabalho infantil são muitos. A pobreza crescente das populações do Terceiro Mundo é apontada como causa principal, seguido da deficiência do sistema educacional; da dificuldade e do descaso dos poderes públicos no controle e aplicação das leis de proteção ao trabalho infantil; das vantagens econômicas dos empregadores que se utilizam dessa mão-de-obra; da mentalidade dos pais que consideram o trabalho preferível à escolarização por ser "educativo e rentável"; da omissão dos organismos sindicais por tratar-se de setores não-organizados da economia e da indiferença da população em geral que vê o trabalho infantil, principalmente entre os pobres, como a única chance de vida. Há uma necessidade urgente de se fazer valer os direitos desses pequenos cidadãos para que reflita em sua fase adulta e para garantir esses direitos isto significa, termos esforços mais construtivistas na busca de relações mais sadias, além da coragem de denunciar o nosso fracasso, com abertura para questionarmos e criticarmos. Sabemos que este caminho é árduo, difícil, cheio de espinhos, porém, os povos do mundo todo, especialmente aqueles do terceiro mundo, esperam alcançar sua dimensão de seres humanos integrais e não ser mais a humanidade submergida. O desafio brasileiro, por conta de nossa escala geográfica e nossa cultura, que ainda reflete heranças históricas de escravidão, é muito grande. Mas, apesar do relativo avanço, é preciso que haja maior compromisso por parte de outros órgãos, como as Varas da Infância e da Juventude, o MP, as Delegacias do Trabalho, o Ministério do Trabalho, a sociedade em geral e entre outros, no combate á violação dos direitos dessas crianças e adolescentes. Desafiar significa romper com o paradigma de nossa paciência histórica. Se não ultrapassarmos nossos esforços cotidianos de toda a sociedade, para que tenhamos desenvolvimento correto e integral, seremos apenas paliativos, para que a realidade não doa. Enquanto existirem crianças sendo exploradas, não teremos uma sociedade verdadeiramente justa!!

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