segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SOBRE O MESTRE DO TEATRO DO HUMOR


SOBRE CHARLES CHAPLIN
Com o personagem Carlitos, Charles Chaplin criou um estilo único, caracterizado pelo despojamento e pelo predomínio da imagem, apoiada pela mímica e pela expressão corporal. Carlitos desmistifica a falsa dignidade burguesa, identifica-se com os humildes e faz de seu criador um dos gênios do cinema.
Charles Spencer Chaplin nasceu em 16 de abril de 1889 em Londres. Ficou órfão de pai muito cedo e sua mãe sofreu repetidas internações em hospitais psiquiátricos, razão pela qual viveu grande parte da infância em orfanatos e mesmo nas ruas. Trabalhando em cafés-concertos, tornou-se conhecido como ator de pantomimas***. Durante uma turnê nos Estados Unidos foi visto por um produtor cinematográfico e, em dezembro de 1913, estreava como ator de cinema. Em breve passou a dirigir seus próprios filmes e em dois anos tornou-se uma personalidade nacional. O vagabundo de chapéu-coco, bigodinho, bengala e enormes sapatos conquistou o público e acumulou para seu criador considerável fortuna.
O personagem humilde e galante foi a figura central de dezenas de comédias curtas do cinema silencioso realizadas entre 1915 e 1923. São dessa fase alguns dos filmes que se tornaram clássicos do cinema, como Easy Street (1917; Rua da paz), The Immigrant (1917; O imigrante), A Dog's Life (1918; Vida de cachorro), The Kid (1921; O garoto) e The Pilgrim (1923; Pastor de almas). A partir de 1919, ano em que fundou a United Artists em sociedade com Mary Pickford, Douglas Fairbanks, David W. Griffith e William Hart, Chaplin fez filmes unicamente para essa produtora.
Entre os clássicos em longa-metragem que fez na United Artists figuram The Gold Rush (1925; Em busca do ouro); The Circus (1928; O circo); City Lights (1931; Luzes da cidade), considerado um dos maiores filmes de todos os tempos pela crítica internacional; Modern Times (1936; Tempos modernos); The Great Dictator (1940; O grande ditador); Monsieur Verdoux (1947; Senhor Verdoux); Limelight (1952; Luzes da ribalta); A King in New York (1957; Um rei em Nova York).
A vida sentimental do cineasta foi tempestuosa. Chaplin casou-se quatro vezes, três delas com estrelas de seus filmes, das quais se divorciou com escândalo: Mildred Harris, Lita Grey e Paulette Goddard. Em 1944, um ano depois de seu casamento com Oona, filha do dramaturgo Eugene O'Neill, foi processado pela suposta paternidade de um filho de Joan Barry. Viveu com Oona até a morte e com ela teve seis filhos.
O sucesso e a popularidade não impediram, porém, que Chaplin se incompatibilizasse com setores conservadores da sociedade americana, devido à irreverência de seus filmes, um dos quais, Shoulder Arms (1918; Ombro armas!), provocou protestos de pretensos patriotas. Pressionado pelo governo americano, o cineasta abandonou o país e passou a residir na Suíça a partir de 1952, no auge do macartismo. Em 1972 voltou aos Estados Unidos a convite, para receber um prêmio especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em 1975 foi agraciado pela rainha Elizabeth II com o título de Sir. Morreu em Corsier-sur-Vevey, Suíça, em 25 de dezembro de 1977.

Um comentário:

Enock Douglas Roberto disse...

chaplin com certeza eternizou o modo e a maneira de fazer teatro ..